sábado, 1 de agosto de 2009

CONSELHO DE UM PAI


Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e úmido,
bebericando chá gelado durante uma visita ao seu pai. Ao conversarem sobre
a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da
pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo
e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.
- Nunca se esqueça de seus amigos, aconselhou! Serão mais importantes na
medida em que você envelhecer.
Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que
porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos.
Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles;
telefone para eles...
Que estranho conselho! Pensou o jovem. Acabo de ingressar no mundo dos
casados. Sou adulto. Com certeza minha
esposa e a família que iniciaremos serão tudo que necessito para dar
sentido à minha vida!
Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e
anualmente aumentava o número de amigos. Na
medida em que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai
sabia do que falava. Na medida em que o tempo e a natureza realizam suas
mudanças e mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.
Passados mais de 50 anos, eis o que aprendi:
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa..
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêem.
O amor fica mais frouxo.
As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.
MAS... os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos
quilômetros estão entre vocês.
Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade,
torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços
abertos, abençoando sua vida!
Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis
alegrias ou tristezas que estavam adiante.
Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros.
********************************

Amigos de verdade
São raros de encontrar
Difícil de deixar
Impossível de esquecer ...

domingo, 12 de julho de 2009

Legalização do Bingo
Publicado por Tht em 04/7/2009 (139 leituras)
Legalização do Bingo
Dom Eugenio de Araujo Sales
Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro

No dia 18 de junho último, a imprensa noticiou com destaque: “Comissão da Câmara aprova legalização do bingo”, e comentava o texto aprovado que o projeto original, de autoria do deputado Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), previa o contrário, ou seja, a proibição. “O lobby pró-bingo fez com que a proposta de Thame fosse integralmente modificada e proposições a favor fossem incorporadas ao substitutivo. Oficialmente, o tucano é o autor do projeto que ressuscita o bingo – Diz ele que o bingo é vício, é doença, uma vergonha nacional. Não gostaria ter meu nome associado a isso. Se essa lei for sancionada, aparecerei como autor desse vexame, afirma ele”.

Incrível a força da mentira e a fecundidade da desfaçatez! Não possuem vigor próprio, mas se prevalecem da fraqueza alheia para alcançar seus feitos danosos. O poder deve ser inerente à verdade. Entretanto, a limitação humana na inteligência e na vontade debilita-lhe a intensidade na atuação.

Às vezes a divulgação do erro é consequência de causas internas. Assim, alguém eivado de tara sexual ou anestesiado por um amoralismo na vida, insurge-se contra tudo quanto restringe ou prejudica suas anormalidades ou viver aético.

Tal aberração vem se manifestando, com frequência, num plano bem elaborado em favor da liberação do jogo, em particular, dos bingos.

Apregoam-se falsidades, meias verdades, com tal desenvoltura que leva os menos avisados a lhes darem crédito. E a opinião pública, sensível a esse tipo de propaganda e argumentação falaciosa, é afetada pela própria limitação ou deturpação de raciocínio, tomando rumos errados.

A matéria pertence, nitidamente, ao campo dos grandes interesses financeiros. O ouro abundante torna ainda mais débeis os fracos. O viciado pela própria patologia e o explorador – único beneficiário da jogatina – facilmente se fazem ardorosos defensores. O primeiro, cego pelo vício, é insensível à luz de um raciocínio correto e objetivo. O segundo envida todos os esforços para favorecer seus negócios ilícitos. Contudo, vale a pena escrever sobre o assunto, pois nem todo brasileiro é dominado por esse vírus, nem participa dos lucros obtidos à custa da fraqueza do próximo; muito menos faz parte da máfia internacional que atua nesse terreno.

O fluxo de multidões, segundo o conceito moderno de turismo, não se orienta para o que gera excitação, mas sim, o relax, fator importante na vida hodierna. Isso ocorre nos países mais ricos, exatamente onde está a força para um aumento dos ingressos da moeda mais forte.

A evasão de divisas ocasionada pelo viciado em jogo que busca o estrangeiro será ampliada. São até multinacionais estrangeiras que controlam certos estabelecimentos, e ninguém impedirá que haja ainda maior transferência de nossas poupanças para o exterior.

Poderia continuar a apresentar dados sobre a proporção dos impostos e os gastos com a repressão às atividades criminosas que acompanham a jogatina; mostrar que a aceitação pública não extinguirá a tavolagem clandestina e o suborno, como a existência da loto, as “raspadinhas”, as loterias, e sem esquecer o popular, mas danoso “jogo do bicho”, não justificam a ampliação do mal. Não se trata de saber se o jogo entre nós já é uma realidade clandestina ou ostensiva e que importa, assim, regulamentar, com vantagens econômicas, fiscais ou sociais.

Uma série de falsidades seriam alinhadas. Creio, entretanto, que o assunto pede outra perspectiva. O jogo, antes de ser contravenção, é um vício. Aí está o centro da questão, que deve ser situado no nível dos valores morais. Trata-se de conferir ao mal a respeitabilidade legal. Colocado nesses termos, jamais a oficialização do jogo deixaria de ser um dos maiores contributos na corrosão da consciência ética de um povo.

Na escalada da imoralidade que agride a sensibilidade desta Nação, constituiria mais outra melancólica vitória, cuja maior vítima seria, de fato, a nossa gente.

Quando a população da velha Roma pagã chegava aos níveis mais baixos da degradação, emasculada pela riqueza provinda dos saques e pilhagens de países conquistados, clamava exigindo dos Imperadores “panem et circenses”, “pão e circo”. Pão para matar a fome e circo para matar o tédio, nos espetáculos sangrentos dos gladiadores.

Hoje, agora, ouço rumores semelhantes, ruído de festas, assemelhadas às daquele período da História, vozes que propõem o jogo, ao mesmo tempo em que há clamores dos que pedem pão para matar a fome. Não se alimenta um povo abrindo as portas à jogatina. Temos o direito ao lazer, mas há outras formas nobres e sadias.

O Catecismo da Igreja Católica (nº 2413) assim trata do assunto: “Os jogos de azar e as apostas não são, em si mesmos, contrários à justiça. Mas tornam-se moralmente inaceitáveis, quando privam a pessoa do que lhe é necessário para as suas necessidades e as de outrem. A paixão do jogo pode tornar-se uma grave servidão. Apostar injustamente ou fazer batota nos jogos constitui matéria grave, a menos que o prejuízo causado seja tão leve que quem o sofre não possa razoavelmente considerá-lo significativo”.

Renovo aqui um veemente apelo ao patriotismo de todos os responsáveis pelos destinos do Brasil. Registro mais uma vez a advertência que fiz em outra ocasião: não será com a legalização de jogo que se resolverão os grandes problemas que afligem a nossa querida Pátria.

sábado, 20 de junho de 2009

O Espírito Santo que pairava sobe as águas no início da narração bíblica. Que revestiu Maria no momento da concepção de Jesus. Que desceu sobre Ele no Jordão, assim que o céu se abriu e que o Pai falou. Que O conduziu para ser tentado no deserto, e que aproximou o anjo, após a tentação no monte das oliveiras. Que o confortou na cruz e que em fim foi entregue nas mãos do Pai. Esse mesmo Espírito que fez rolar as pedras do sepulcro, que fez brilhar a nova luz, naquele domingo santo. Hoje move-se na Igreja, e em cada um dos batizados. "Vós sois o templo do Espírito Santo." (1 Co 3) Se queremos servir a esse Espírito Consolador, é "preciso obedecer antes a Deus, do que os homens". (At 5) Se Teu olho te afasta de Deus, corta o olho, pois é melhor que entre no céu com um só olho, do que veja com os dois a perdição. Mc 9 Claudio Aurélio

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Jonas Brothers - Anel da Pureza

"É lamentável que alguns “especialistas” pensem que a juventude só é capaz de aderir ao vício e ao pecado, e não à virtude."


Circula na internet uma matéria com o titulo acima, publicado na imprensa (Dolores Orosco, G1, São Paulo). Ídolos pop levantam a bandeira da virgindade e fãs adotam ‘anel da pureza’, como símbolo da abstinência sexual até o casamento. Os Rapazes do Jonas BrothersMiley Cyrus, atriz de ‘Hannah Montana’, o trio Jonas Brothers,  usam o anel.

Por exemplo, o estudante paulistano Paulo Sérgio dos Santos, de 18 anos, fã dos irmãos americanos Kevin, Joe e Nick - os Jonas Brothers -  resolveu adotar a idéia e afirma:  ”O anel é discreto, mas tem um significado especial. Sempre planejei me guardar para a mulher certa”.O “anel da pureza” surgiu  nos Estados Unidos, em 1994, na cidade de Baltimore, capital do estado de Maryland,  Estados Unidos, com o programa “True Love Waits” (Quem ama, espera!) , que prega a abstinência sexual até o casamento.

O projeto percorre escolas e instituições ligadas à juventude; começou na Igreja Batista e depois foi adotado por diferentes crenças em mais 13 países. Segundo Jimmy Hester, coordenador do TLW, cerca de 3 milhões de jovens fazem parte do programa. “Esse é o número que temos documentado. Durante as palestras, alguns adolescentes assinam nosso acordo de adesão”, diz. No início, a organização lançou uma pulseira de plástico para simbolizar a filosofia. Depois o acessório foi trocado por um pingente de prata, mas só ganhou popularidade com o “anel da pureza” - acessório que pode ser usado por meninas e meninos. “Não fabricamos mais a jóia. Atualmente há inúmeras instituições que as vendem e alguns jovens preferem desenvolver seu próprio anel”, diz Hester.

O pacto que assumem diz o seguinte: “Acreditando que o verdadeiro amor espera, eu me comprometo diante de Deus, de mim mesma, minha família, meu namorado, meu futuro companheiro e meus futuros filhos a ser sexualmente pura até o dia em que entrar numa relação de casamento” (Jornal do Brasil, Ana Maria Mandin, 12/03/94).Nos Estados Unidos, o TLW é alvo de críticas, o que não é de se espantar num mundo onde o que tem valor é o “politicamente correto”, muitas vezes imoral.

Alguns especialistas acreditam que estes jovens ainda não têm maturidade para optar pela abstinência. Mas o coordenador discorda. “Acredito que os críticos não dão crédito suficiente para a nossa juventude. Quando os moços são conscientizados sobre as conseqüências físicas, emocionais e espirituais que uma vida sexual ativa engloba, eles se tornam capazes de tomar a decisão correta”.

É lamentável que alguns “especialistas” pensem que a juventude só é capaz de aderir ao vício e ao pecado, e não à virtude. A ginecologista Albertina Duarte Takeuti, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, considera a opção pela virgindade “válida” e acha positivo que o tema venha à tona graças aos ídolos do pop. “Todo adolescente acha que suas verdades são absolutas. O importante é respeitá-lo em seus valores e manter um canal de diálogo aberto”, defende.O coordenador do TLW diz “celebrar” o fato de que artistas famosos preguem a castidade. “Ficamos satisfeitos com a postura dos Jonas Brothers. Mas ela é tão importante quanto a do garoto que vive numa comunidade rural e passa a idéia adiante”, compara Hester.

Certamente alguns jovens poderão usar o anel mais como moda que para eles pode ser passageira, mas é certo que muitos  o usarão com convicção e poderão estimular muitos outros a viverem a beleza da virtude da castidade. A lei de Deus manda não pecar contra a castidade.  Este exemplo do TLW não é único, e mostra o renascer da castidade. Quando o Papa João Paulo II esteve nas Filipinas, em janeiro de 1995, houve uma concentração de 4 milhões de pessoas para participar da missa que ele celebrou em Manilha; nesta ocasião um grupo de 50.000 jovens entregou ao Papa um abaixo assinado se comprometendo a viver a castidade. Ela é a virtude que mais forma homens e mulheres de verdade, de acordo com o desejo de Deus, e os prepara para constituir famílias sólidas, indissolúveis e férteis. 

 É preciso, portanto, que nós cristãos, tenhamos coerência e coragem para transmitir aos jovens esses valores, que são divinos e eternos. O remédio principal que a nossa sociedade doente precisa é de uma escala de valores condizente com a dignidade humana, sob pena de nos igualarmos aos animais. O homem não é apenas um corpo; tem uma alma imortal, criada  para viver para sempre na glória de Deus. Isto  dá um novo sentido à vida. Não fomos criados para nos contentarmos apenas com o prazer sexual passageiro. Fomos feitos para o Infinito, e só em Deus satisfaremos plenamente as nossas tendências naturais. 

Já é hora de voltarmos a falar aos jovens, corajosamente, sobre a importância da castidade e da virgindade. Também nós católicos estivemos muito tempo “encolhidos” de medo de um mundo neo-pagão que ri da castidade e da pureza da alma. Não há, sem dúvida, melhor preparação para o casamento e para o futuro, do que viver a castidade na juventude. 

Precisamos mostrar aos jovens que para haver a castidade de atos, é necessário haver antes a castidade de pensamentos, palavras e desejos. É preciso, corajosamente, desafiá-los a dizer não a toda prostituição, pornografia, filmes eróticos, moda excitante, etc. É preciso mostrar-lhes que  cada corpo humano é templo do Deus vivo que ali habita pelo seu Santo Espírito (1Cor 3,16; 6,19). 

Infelizmente a pregação da Igreja, com poucas exceções, arrefeceu diante do avanço da imoralidade, e, por isso, ela grassou rapidamente.  Muitos e muitos jovens se separam com poucos anos de casamento, porque não exercitaram a sua vontade na luta árdua da vivência da castidade. 

Quanto às críticas, paciência!  O Senhor  disse: “Felizes sereis quando vos caluniarem; quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus…” (Mt 5,11-12).

 

www.cleofas.com.br

www.comshalom.org

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sorriso de Deus


 

www.comshalom.org

sábado, 23 de maio de 2009

Papa convida jovens a serem missionários do mundo digital

Papa convida jovens a serem missionários do mundo digital
Por ocasião da Jornada Mundial das Comunicações Sociais

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 20 de maio de 2009 - Bento XVI pediu aos jovens que sejam missionários do mundo digital, na véspera da inauguração de uma nova iniciativa da Santa Sé que aproxima o Santo Padre da juventude, www.Pope2you.net
A exortação do Santo Padre ressoou na Praça de São Pedro no final da audiência geral da quarta-feira, por ocasião da próxima Jornada Mundial das Comunicações Sociais, que a Igreja celebrará no próximo domingo, 24 de maio. 
O Papa quis que este ano esta Jornada esteja dedicada ao tema “Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade ” para convidar “todos os que utilizam as novas tecnologias da comunicação, em especial os jovens – como ele mesmo disse –, a utilizá-las de uma maneira positiva e a compreender o grande potencial desses meios para construir laços de amizade e solidariedade, que podem contribuir para um mundo melhor. 
“As novas tecnologias produziram mudanças fundamentais na maneira de difundir as notícias e a informação, de comunicar-se e relacionar-se – constatou. Desejo alentar todos os que acessam a rede a procurar manter e promover uma cultura de respeito, diálogo e amizade autêntica, para que floresçam valores como a verdade, a harmonia e a compreensão.”
No final, o Papa fez um convite particular aos jovens: “Testemunhai a fé através do mundo digital!Utilizai essas novas tecnologiaspara dar a conhecer o Evangelho, de modo que a Boa Nova do amor infinito de Deus por todos ressoe de maneiras diferentes em nosso mundo cada vez mais tecnológico!”. 
Ao convite de Bento XVI se seguirá, nesta quinta-feira, a iniciativa do Conselho Pontifício para as Comunicações sociais, www.Pope2you.net, uma janela aberta para as novas tecnologias e redes sociais que permitirá aos jovens acompanhar mais de perto a atividade de Bento XVI, em particular através do YouTube, Iphone e Facebook. -- 

Bianca França Com. Shalom - Rio de Janeiro


sexta-feira, 22 de maio de 2009

Deixe de se preocupar!(?)


Igreja Hoje

21-05-2009


A-   A+


Dom Redovino Rizzardo

Pregando diante do Papa Bento XVI e de uma multidão de fiéis na Basílica de São Pedro no dia 10 de abril, Sexta-feira santa, Frei Raniero Cantalamessa demonstrou que, diferentemente do que pensam os ateus e os materialistas, a fé em Deus não só não se opõe à felicidade do homem, mas a realiza e plenifica.

Em sua homilia, referindo-se às faixas que apareceram nos ônibus de algumas cidades européias – «Provavelmente Deus não existe. Deixe de se preocupar! Aproveite a vida!» –, ele afirmou: «A mensagem subliminar é que a fé em Deus impede de desfrutar a vida, é inimiga da alegria. Sem ela, existiria mais felicidade no mundo! O elemento de maior preocupação desse slogan não é a premissa “Deus não existe”, mais a conclusão: “Aproveite a vida!”».

O pregador lembrou que o conselho é lido também por pessoas que têm suas vidas amarguradas por toda a espécie de sofrimento: «Eu procuro imaginar a reação delas ao ler as palavras: “Provavelmente Deus não existe: aproveite a vida!” Mas, de que forma e com que meios? Essa, porém, não é a única incoerência dessa idéia publicitária. “Deus provavelmente não existe”: portanto, poderá existir! Não se pode excluir totalmente a possibilidade. Mas, se Deus não existe, eu não perdi nada; se, pelo contrário, ele existe, você, amigo incrédulo, terá perdido tudo!».

O Pe. Raniero julga que o slogan, ao invés de atingir os objetivos pelos quais foi difundido, acabou por se tornar uma propaganda a favor de Deus: «Devemos quase agradecer aos que lançaram a campanha publicitária; ela serviu à causa de Deus mais do que muitos argumentos apologéticos. Mostrou a pobreza de suas razões e contribuiu para despertar muitas consciências adormecidas. Deus é capaz de fazer de seus negadores mais obstinados os apóstolos mais apaixonados. Paulo é o maior exemplo disso».

Para o religioso, o verdadeiro inimigo da felicidade humana é o pecado, sob qualquer forma se apresente: «O pecado prende a criatura humana na mentira e na injustiça; condena o próprio cosmos material à vaidade e à corrupção, e é a causa última até mesmo dos males sociais que afligem a humanidade. Fazem-se análises sem fim da atual crise econômica e de suas causas. Mas quem ousa meter o machado na raiz e falar do pecado? São Paulo define a avareza insaciável como uma idolatria e vê na desenfreada ganância do dinheiro a raiz de todos os males. Temos coragem de afirmar que ele está equivocado? Se tantas famílias perderam tudo e uma multidão de operários ficaram sem trabalho, não foi pela sede insaciável de lucro por parte de alguns? A elite financeira e econômica mundial é fruto de uma locomotiva que avançava numa corrida desenfreada, sem pensar no restante do trem, que ficou parado à distancia, sobre os trilhos. Estávamos todos andando na contra-mão».

Quem acolhe a fé cristã, também recebe a chave que lhe permitirá desvendar o segredo para superar e transformar o mal e o sofrimento, como recorda Frei Raniero: «Cristo derrubou o muro de separação e reconciliou os homens com Deus e entre si. Com sua morte, não somente venceu o pecado, mas também deu um sentido novo ao sofrimento, inclusive àquele que não depende do pecado de ninguém. Ele o transformou num instrumento de salvação, num caminho para a ressurreição e a vida».

Com sua morte e ressurreição, Cristo se ocultou em cada sofrimento, tornando-o semente de ressurreição para quem acolhe o amor que o Espírito Santo derrama nos corações que o procuram. Não é o sofrimento que impede a felicidade, mas a busca do prazer pelo prazer, sem olhar para nenhuma outra consideração. Esta sede insaciável gera a depressão e o vazio existencial quando não se coloca o amor acima dos próprios interesses e das tendências naturais. Era o que São Paulo queria dizer ao asseverar que «morria todos os dias» (1Cor 15,31) ao pecado, para também ressuscitar todos os dias a uma vida de realização e felicidade.

Por isso, se realmente quisessem ajudar os leitores e usurários a superarem seus problemas e a serem felizes, os ateus europeus deveriam fazer uma pequena, mas fundamental, modificação nas faixas que colocaram nos ônibus: «Deus existe. Lance nele suas preocupações! Aproveite a vida!»

Fonte:  http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=3657

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
por 
CNBB